Onde eu assino?

O clube de assinaturas, que caiu no gosto dos brasileiros, traz vantagens para os consumidores e para as empresas
Surpresa: clubes de assinatura vão de vinhos até ovos e purificador de água

Era inimaginável comprar roupas, alimentos e até carro, por exemplo, pela internet. Mas hoje em dia, adquirir produtos, dos mais acessíveis aos mais impensáveis, faz parte da rotina do brasileiro, como os vinhos entregues todo mês pela Wine, por exemplo.

Dentro desse universo, surgiram os clubes de assinatura, modelo de negócios já velho conhecido do mercado americano e que, no Brasil, vêm crescendo bastante na última década. São inúmeras possibilidades de assinaturas, como de carros, purificador de água e até de ovos.

A modalidade traz vantagens para os consumidores e para as empresas. Do ponto de vista dos clientes, os atributos mais sedutores são a conveniência, a periodicidade, a exclusividade do serviço e a curadoria especializada que oferece. Ainda pela ótica do assinante, há neste tipo de aquisição um componente emocional muitas vezes irresistível, especialmente pelo fator surpresa, uma vez que há assinaturas em que o cliente não sabe qual produto será entregue.

A junção do racional com o emocional torna a experiência mais interessante. Em contrapartida, as empresas buscam nesta modalidade de venda maior fidelidade, maior previsibilidade de receita e melhorias no controle de estoques.

De acordo com uma pesquisa da Vindi, empresa que monitora a experiência dos consumidores nos canais de venda, um terço dos brasileiros "digitais" (definidos por terem conta bancária e acesso à internet) gasta mais de R$ 300 por mês com serviços de assinatura.

Para Gabriel Daudt, professor do curso de publicidade e propaganda da Universidade Feevale, o consumidor também avalia agilidade. "As compras on-line afetam outra condição: a distribuição. O tempo de entrega do produto se torna um importante critério de decisão", explica. Essa logística acaba privilegiando e fortalecendo o comércio local.

À medida que os clubes de assinatura ganham corpo, novos modelos de negócio estão surgindo. O jornal inglês The Economist traz uma análise de mais de 50 especialistas sobre o que está por vir. No estudo, constatam que tudo que é repetitivo pode ser assinado. Ou seja, as interações em espaços físicos serão mais remotas e serviços como de academia, arte, cinema e entretenimento chegarão aos lares por meio de realidade virtual.

Esse conteúdo integra o suplemento especial do Top of Mind RS do Grupo AMANHÃ que revelou quais são as marcas mais lembradas e amadas pelos consumidores gaúchos. Consolidado como uma espécie de Oscar das marcas, o Top of Mind, realizado desde 1991, é pioneiro no país. Clique aqui para acessar a publicação na versão digital.

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Comentários: 1

ENIO GOMES DE LIMA em Sexta, 10 Setembro 2021 15:51

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