Vendaval causa estragos na região Sul

Ciclone extratropical atingiu casas e empresas e causou mortes
PMRv atua com apoio de voluntários na SC-418 km 39, em Campo Alegre

O ciclone extratropical que passa pela região Sul desde terça-feira (30) já se encontra em alto mar, mas deixou estragos em seu caminho. Santa Catarina foi a região mais afetada, com telhados de estabelecimentos comerciais e indústrias tendo sido levados pelo vento. Equipes de diversos órgãos do Governo do Estado vêm atuando desde o começo da tarde de terça para minimizar os estragos. A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) registrou o maior dano de sua história: 1,5 milhão de unidades consumidoras do estado ficaram sem luz. A empresa está trabalhando para recompor 90% do sistema até o final desta quarta-feira (1). O governador Carlos Moisés, após anunciar que testou positivo para o novo coronavírus, garantiu que está acompanhando a situação e trabalhando para reparar os danos, que ainda não podem ser estimados devido à falta de internet nas regiões. Até o momento, foram registradas 9 vítimas fatais.

O governo catarinense anunciou nesta quinta-feira (2) que subiu para 135 o número de municípios que reportaram estragos por conta da passagem de um ciclone extratropical. A informação está no mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil. Os fortes ventos provocaram a morte de nove pessoas e duas seguem desaparecidas, em Tijucas e Brusque. A Defesa Civil contabiliza ainda seis pessoas feridas. O número de residências atingidas pelo vendaval segue em atualização. De acordo com o levantamento, foram ao menos 2,2 mil unidades habitacionais danificadas no estado. Pelo menos 83 rolos de lona já foram distribuídos.

No Rio Grande do Sul, a chuva e o vento também causaram falta de energia em diversos municípios. Com isso, sistemas de abastecimento operados pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) encontram-se impossibilitados de funcionar. A normalização total do fornecimento de água está prevista para ocorrer ainda nesta quarta-feira. Cerca de 1 mil pessoas e 800 residências foram afetadas por chuva, vento forte e queda de granizo nas últimas 48 horas no Estado. Também foi registrada uma morte. O governador Eduardo Leite e o coordenador da Defesa Civil e chefe da Casa Militar, coronel Júlio César Rocha Lopes, fizeram uma transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta manhã para avisar que as equipes da Defesa Civil estão mobilizadas para reparar os danos.

O mais recente boletim da Coordenadora Estadual da Defesa Civil do Paraná, publicado às 9h desta quinta-feira (2), mostra que 70 municípios foram atingidos, com 14.392 pessoas afetadas. As chuvas e ventos fortes danificaram 3.469 residências e destruíram outras 18. Dez casas ficaram destruídas em Janiópolis, quatro em Morretes, duas em Antonina e uma Wenceslau Braz e em Rebouças. Também há registro de 11 pessoas feridas, nove em Ubiratã, uma em Piên e outra em Santa Lúcia, além de 30 pessoas enfermas. O total de pessoas que ficaram desalojadas no Estado chega a 280, sendo que 250 continuam nesta situação. São aquelas que precisaram deixar suas casas, mas se refugiaram em casas amigos ou parentes. Dos 20 desabrigados, aqueles que precisam ficar em abrigos públicos, 19 permanecem nesta situação.

Pontal do Paraná foi o município em que mais casas ficaram danificadas: foram mil residências, o que afetou 4.014 pessoas e deixou 10 desalojadas e quatro desabrigadas. Em Antonina, além das duas casas destruídas, outras 135 foram danificadas. São 685 pessoas afetadas, seis desalojadas. Em Ubiratã, 1,2 mil pessoas foram afetadas pela tempestade e vendaval, que danificaram 300 casas e deixaram 40 pessoas desalojadas, nove feridas e uma desabrigada.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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