Sul apresenta a maior expansão econômica do país até março

Banco Central afirma que recuperação deve prosseguir com o desempenho positivo do agronegócio na região
Boletim do BC também espera normalização das cadeias produtivas no setor industrial do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

O Sul apresentou a maior expansão da atividade econômica dentre as regiões do país no primeiro trimestre. A região cresceu 2%, beneficiada pelo agronegócio. Esse crescimento favorece, indiretamente, os investimentos, em especial, em máquinas e equipamentos. A análise consta do Boletim Regional, publicado trimestralmente pelo Banco Central (BC), e que traz a evolução, por região, de indicadores que repercutem as decisões de política monetária, como produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros. O boletim destaca que o processo de recuperação econômica no Sul, apesar de incertezas acima do usual, deve prosseguir com o desempenho positivo do agronegócio e a esperada normalização das cadeias produtivas no setor industrial.

Já no Brasil, a atividade econômica no primeiro trimestre surpreendeu "favoravelmente", com crescimento em quatro das cinco regiões do país. Apenas o Norte apresentou recuo na economia no período. Segundo o documento, o cenário econômico sinaliza uma resiliência do processo de recuperação da economia. O BC avalia que, no curto prazo, os estímulos monetários, como os novos pagamentos do auxílio emergencial que começaram em abril e a chamada normalização da taxa Selic (atualmente em 3,5% ao ano), em um patamar considerado baixo, apesar de estar em trajetória de alta, e a redução do impacto da pandemia devem sustentar a retomada do crescimento.

"No curto prazo, a manutenção dos estímulos monetários, mesmo com o processo de normalização parcial, o retorno dos estímulos governamentais e a redução dos impactos da crise sanitária – inclusive em decorrência da vacinação em curso – devem sustentar a retomada em âmbito nacional. A incerteza sobre o ritmo desse crescimento ainda permanece acima da usual, mas aos poucos deve retornar à normalidade", destaca o documento.

De acordo com o BC, a economia no primeiro trimestre teve uma evolução maior do que a esperada, apesar da segunda onda da pandemia de covid-19 e do fim das medidas governamentais de combate aos impactos econômicos da crise sanitária, como o auxílio emergencial. A análise também evidencia a importância dos setores do agronegócio e da mineração para a sustentação do crescimento regionalmente, em razão do patamar elevado das cotações dessas commodities.

Com Agência Brasil

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Domingo, 24 Novembro 2024

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