Intenção de consumo das famílias sobe em fevereiro

É o maior nível desde abril de 2015 e melhor para o mês em cinco anos

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 99,3 pontos em fevereiro de 2020. De acordo com a entidade, é o maior nível desde abril de 2015, último mês em que o índice esteve no patamar de satisfação que é acima de 100 pontos. O resultado também é o melhor para um mês de fevereiro em cinco anos. A CNC informou que após ajuste sazonal, a ICF registou elevação mensal de 1,2%, o que significa recuperação depois de duas quedas consecutivas. Na comparação anual a alta é de 0,8%.

A pesquisa revelou também que grande parte dos entrevistados (39,1%) se sente mais segura em relação ao seu emprego atual. Esse patamar é o melhor desde abril de 2015, quando registrou 40%. O subíndice ficou em 119,9 pontos, que representam a melhor pontuação em fevereiro, entre os pesquisados. Ainda de acordo com a pesquisa, 38,1% das famílias fizeram avaliações positivas em relação à renda atual e o índice alcançou 114,6 pontos, o que foi o melhor desempenho desde maio de 2015.

Os indicadores de condições e perspectivas de consumo também melhoraram. O acesso ao crédito foi decisivo para esse desempenho positivo. Quase um terço (32,1%) das famílias indicou que comprar a prazo está mais fácil. Desde junho de 2015 não havia resultado tão favorável. No comparativo mensal, o item se destacou sendo o mais alto (+4,3%) e no anual registrou elevação de 6,7%, ficando no total com 95,4 pontos, o maior nível desde maio de 2015.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o desempenho do índice de fevereiro indica recuperação gradativa do consumo. Contribuíram, ainda, fatores econômicos, como a redução do desemprego e o aumento das contratações líquidas e inflação baixa. "Os brasileiros estão mais confiantes com a atividade econômica em 2020, aumentando, assim, sua intenção de consumir tanto no curto quanto no longo prazo", avalia Tadros. A economista da CNC, responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, destacou que pela primeira vez, desde fevereiro do ano passado, a maior parte das famílias acredita que vai consumir mais no futuro.

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