Greve passa a ser descartada pelos caminhoneiros

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou na segunda-feira (22) que não deve acontecer paralisação de caminhoneiros na próxima semana. A categoria vinha ameaçando iniciar a greve na segunda-feir...
Greve passa a ser descartada pelos caminhoneiros

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou na segunda-feira (22) que não deve acontecer paralisação de caminhoneiros na próxima semana. A categoria vinha ameaçando iniciar a greve na segunda-feira (29). A avaliação foi feita após o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ter assumido novos compromissos com as lideranças do setor. "Acho que conseguimos administrar essa situação de momento. Não deve ter paralisação de caminhoneiros", reiterou Bueno, ao deixar reunião no ministério. A elevação do litro do diesel em R$ 0,10 deixou os motoristas divididos. 

No fim de maio de 2018, o Brasil parou por dez dias na maior greve registrada em mais de duas décadas. Insatisfeitos com os aumentos diários no preço do diesel, os caminhoneiros cruzaram os braços e bloquearam rodovias, provocando desabastecimento de alimentos e combustível. Sucessivas reuniões entre governo, associações e entidades terminaram sem acordo. Com isso, a produção industrial caiu em 14 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio do ano passado. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, a greve dos caminhoneiros foi mais perniciosa com o Sul. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sofreram mais. Enquanto a retração média no Brasil ficou em 10,9%, o Rio Grande do Sul teve baixa de 11% na produção. Já Santa Catarina acumulou uma queda de 15% e o Paraná foi o que mais sentiu o impacto: -18,4%.

As estradas só foram liberadas depois que comboios do Exército, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Aérea Brasileira e de policiais militares passaram a escoltar os caminhões. Em troca, o governo introduziu a redução de R$ 0,46 no litro do diesel, bancada por um subsídio. Os dias de desabastecimento fizeram a economia retrair-se. Segundo o Ministério da Fazenda, a greve custou R$ 15 bilhões, o equivalente a 0,2% do PIB. O governo também passou a tabelar os fretes rodoviários. Em dezembro, uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu a cobrança de multa de quem descumprisse a tabela, mas a decisão foi revertida dias depois.

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