Emprego na indústria mantém trajetória de crescimento

A utilização da capacidade instalada ficou em 72%
Empresários da indústria voltam a indicar novo crescimento da produção na passagem de julho para agosto

A Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para um ritmo de contratações cada vez maior e mais disseminado na indústria. O índice de evolução do número de empregados ficou em 52,3 pontos, acima da linha divisória pelo quarto mês consecutivo. O índice varia de 0 a 100, com linha de corte em 50 pontos, os dados acima desse valor indicam crescimento e abaixo, queda na comparação com o mês anterior.

De acordo com o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a tendência de crescimento do emprego se mostra longa, pois nos últimos 14 meses o índice se manteve acima dos 50 pontos em 13 deles. "Vale notar que depois de cruzar a linha de corte em abril, o indicador de emprego aumentou nos quatro meses seguintes. Está bem claro, nos gráficos, essa trajetória de crescimento", afirma Azevedo.

A utilização da capacidade instalada ficou em 72%, aumento de 1 ponto percentual entre julho e agosto de 2021. O percentual para o mês se iguala ao registrado no mesmo mês de 2014 e supera o registrado no mês de agosto dos anos subsequentes. Desde maio a capacidade instalada se mantém acima da média dos mesmos meses de 2011 a 2019.

Além disso, o índice de evolução da produção ficou em 53 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta da produção, em agosto na comparação com julho deste ano. É o quarto mês consecutivo que os empresários da indústria de transformação e extrativa, de todos os portes, indicam crescimento da produção em relação ao mês anterior.

Estoques estão abaixo do planejado pelas empresas
O índice de evolução do nível de estoques ficou em 49,7 pontos em agosto. Esse dado aponta estabilidade nesse mês. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado praticamente também não mudou, passando de 48,7 pontos em julho (mesmo valor de junho) para 48,6 pontos em agosto.

A estabilidade nos últimos três meses revela que a distância entre o observado e o desejado pelas empresas se manteve no período. Em 2020, a diferença entre efetivo e planejado era muito maior: índice de 45,2 pontos.

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