Curitiba se torna referência em cafés especiais no Brasil
Curitiba é considerada a capital dos cafés especiais, abrindo espaço para tipos diferenciados de maturação, preparo e expansão de novas casas, conquistando ainda mais consumidores e apreciadores da bebida. “O aumento do consumo também se justifica devido à excelência no preparo da bebida, que começa lá com o aperfeiçoamento do plantio e da colheita, passando pela qualificação dos profissionais e d grande variedade de métodos e técnicas de preparo”, explica o barista Leo Moço, que comanda a microtorrefação Café do Moço e a cafeteria conceito Barista Coffee Bar, na capital paranaense. Hoje, a capital paranaense conta com dezenas de profissionais que despontaram como os melhores do país. E é lógico que a capacitação resultou em empreendimentos marcados pela inovação e pela excelência, investindo em cafés especiais como grande diferencial, entre eles a inovadora Cookie Stories, que serve café até em copinhos de cookie.
O uso de outros elementos na elaboração do café também é um dos atrativos que caiu no gosto do curitibano. Produção de cafés maturados em barris de whiskey, tequila, cachaça e rum, ou cafés com lúpulo, são os destaques da marca Franck’s Ultra Coffee. Os preparos podem ser encontrados em sua loja própria, a Espresso Station, em Curitiba, ou em outras três lojas na capital, além de cafeterias em São Paulo, Santos e São José dos Campos, em São Paulo, Rio de Janeiro (RJ) e Pelotas (RS). Com grãos exclusivos de diversas partes do país, o processo é todo realizado antes da torra. A maturação nos barris dos destilados acontece por seis semanas, em um processo que preza pela excelência e oferece uma experiência marcante para quem consome. “Nosso grande diferencial são os cafés maturados ainda verdes em barris dos mais variados destilados durante seis semanas, tudo em um processo minucioso que visa, antes de tudo, a excelência da produção decafés especiais. Na Espresso Station, o público é surpreendido com bebidas exclusivas e sabores bem peculiares. Uma experiência única para quem ama café e busca preparos marcantes”, comenta o barista Marcelo Franck, fundador da marca.
Além da escolha do grão, que abrange uma variedade entre nacionais e importados, uma outra parte essencial do processo é a extração. Para quem só conhece o tradicional espresso ou o famoso capuccino, existem também as extrações manuais. Métodos como a Hario V60, French Press, Clever, Aeropress, entre outras, ou preparos ainda mais elaborados, como o Cold Brew, bebida extraída a frio após longo período em repouso, aumentam ainda mais a experiência do consumidor. O conceito To Go, muito aplicado no exterior, também contribuiu para o crescimento do consumo de cafés. Nele, o cliente pode comprar e sair consumindo, tendência que mescla agilidade e praticidade. É o caso do New York Cafe, que abriu uma unidade no bairro Água Verde, um dos mais tradicionais de Curitiba, pensando justamente neste modo de consumo e com planos de abertura de franquias com processos semelhantes.
Mais de 800 xícaras de café consumidas por pessoa no Brasil no ano passado. Esse número, que posiciona o país como segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, tem projeções ainda mais otimistas: de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), até 2021 o país deve estar no topo dos maiores consumidores da bebida, posição que já ocupa quando o assunto é produção e exportação.
A crescente do país tem sido acompanhada de perto pelos apreciadores, que muito puderam comemora no Dia Internacional do Café, celebrado no domingo (14). Segundo a Abic, no ano passado o consumo chegou a 21 milhões de sacas, um crescimento de 4,8% se comparado ao ano anterior. “O consumidor brasileiro é muito exigente. E ele está cada vez mais antenado quanto ao tipo de café, a região proveniente dos grãos e as formas de preparo”, comenta Leo Moço, barista carioca radicado em Curitiba, fundador do Grupo Café do Moço e tetracampeão brasileiro de barismo.
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