CEOs brasileiros projetam crescimento em 2019
Executivos no Brasil estão com melhores expectativas em relação ao crescimento de suas empresas nos próximos 12 meses. De acordo com os números da 22ª Pesquisa Global com CEOs da PwC, cerca de 43% dos líderes brasileiros acreditam que suas empresas devem crescer ao longo de 2019. Na pesquisa anterior, que considerava o sentimento para 2018, esse índice era de 39%. Já a média global de CEOs que esperam aumentar o faturamento de suas empresas nos próximos 12 meses é de 35%. Por outro lado, quando perguntados sobre a expectativa para os próximos três anos, 48% dos CEOs brasileiros acreditam que suas companhias devem crescer, ante 54% na pesquisa anterior. Os resultados foram divulgados na segunda-feira (21) no Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Para confirmar o aumento no faturamento de suas empresas, cerca de 91% dos CEOs brasileiros esperam ter crescimento orgânico em 2019, enquanto 89% buscarão aprimorar a eficiência operacional, 76% devem lançar novos produtos e serviços e 57% visam trabalhos conjuntos com empreendedores e startups. As alianças e possíveis joint-ventures estão nos planos de 52% dos líderes brasileiros nos próximos 12 meses e outros 39% devem participar de processos de fusões e aquisições. Apesar da retração econômica dos últimos anos, a pesquisa mostra que o Brasil segue em destaque no cenário global: o país ocupa o sexto lugar entre os países mais citados pelos CEOs globais como possíveis focos de investimentos ao longo de 2019, atrás de EUA, China, Alemanha, Índia e Reino Unido.
Entre as principais preocupações dos CEOs locais para o próximo ano, destaque para o crescimento da carga tributária (mencionada por 96%), seguida do excesso de regulação (93%). Fatores políticos seguem como motivo de preocupação: incertezas como o cenário da política nacional foram citadas por 91%, enquanto a instabilidade social representou 89% e o populismo outros 85%. “A retomada do crescimento econômico brasileiro dá sinais de avanços. A pesquisa mostra que o país não saiu do radar internacional para fins de investimentos. O momento exige esforços das empresas para focar em processos disruptivos que mantenham suas organizações em destaque aos olhos do mundo”, afirma Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil.
Os CEOs brasileiros são os que mais declararam que devem investir em inteligência artificial a longo prazo: 59% dos entrevistados no país responderam que essa tendência estará presente em seus negócios nos próximos cinco anos. É um dado relevante se levarmos em conta que a média de CEOs globais que vão utilizar inteligência artificial ficou em 40% no mesmo período, enquanto as outras regiões ficaram também abaixo em comparação com o Brasil - Ásia Pacífico (39%), América do Norte (41%), América-Latina (46%), Europa Ocidental (48%), Oriente Médio (49%) e África (52%). “O uso da Inteligência Artificial já é uma realidade em várias economias do mundo e chegou a hora das empresas brasileiras intensificarem sua atuação nesta dimensão. O interesse dos nossos CEOs neste sentido é um grande avanço para que o Brasil atenda, cada vez mais, às demandas de seus stakeholders”, completa Alves.
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