Bento Albuquerque anuncia adoção do B12 no início de 2020

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (na foto, à esquerda), anunciou nesta quinta-feira (31), após visitar a usina BSBIOS e almoçar com representantes do setor produtivo em Passo Fundo (RS), que a mistura de biodiesel ao diesel derivado d...
Bento Albuquerque anuncia adoção do B12 no início de 2020

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (na foto, à esquerda), anunciou nesta quinta-feira (31), após visitar a usina BSBIOS e almoçar com representantes do setor produtivo em Passo Fundo (RS), que a mistura de biodiesel ao diesel derivado de petróleo vai aumentar em um ponto percentual no início de 2020, chegando a 12% de biocombustível (B12) adicionado ao combustível fóssil. O encontro, no Centro Comercial da cidade, foi realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), com apoio da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) e da BSBIOS.

Em discurso para cerca de 300 pessoas, Bento Albuquerque lembrou o trabalho coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para viabilizar a implementação do cronograma de aumento anual da adição de biodiesel ao diesel fóssil, como previsto por resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicada em 2018. Os estudos foram realizados em parceria com as associações do setor e entidades públicas e privadas, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, entre outras. “Os testes demonstraram segurança para que a mistura obrigatória fosse alterada para 11%. No início do próximo ano, vamos para 12%”. Até 2023 a mistura do biodiesel será de 15%”, antecipou Albuquerque. 

O cronograma do CNPE estipula aumento de um ponto percentual da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil, que até agosto era de 10% – ou seja, a cada  litro de combustível comercializado no Brasil, 900 ml eram diesel derivado de petróleo e 100 ml, biodiesel produzido a partir de óleo de soja, gorduras animais e outras matérias-primas orgânicas.  O B11 mínimo (pelo menos 11% de biodiesel adicionado ao combustível derivado de petróleo, podendo chegar a 15%) entrou em vigor em setembro, mas os próximos aumentos da mistura devem ocorrer em março, conforme o cronograma do CNPE, até se tornar obrigatória a mistura de 15% (B15), em 2023.

O presidente da BSBIOS e do Conselho de Administração da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella (na foto, à direita), explicou que cada aumento de um ponto percentual na mistura obrigatória representa uma demanda adicional de 700 milhões de litros de biodiesel por ano. “Isso significa um aumento da demanda por soja processada de 2,5% a 3%, representando um volume de 3 milhões de toneladas de soja processada a mais por ano”, afirmou o empresário.

 Albuquerque também lembrou que o Brasil tem vocação natural para ser referência no setor de biocombustíveis, principalmente pela força do agronegócio. “O Brasil é um destaque mundial: 23% de toda a oferta de energia brasileira é bioenergia, enquanto no resto do mundo esse índice é de 3%. Temos de saber utilizar essa vocação em benefício da sociedade brasileira, considerando o interesse público, o desenvolvimento, a geração de renda e emprego e a sustentabilidade”, justificou.

Ao visitar a usina da BSBIOS em Passo Fundo, Albuquerque observou que foi a primeira ida dele a uma indústria de biocombustíveis desde que assumiu o Ministério de Minas e Energia, em janeiro. “Fui muito feliz em realizar essa visita, uma empresa que vai completar 15 anos, é a maior empresa do país em biodiesel e uma referência para esse e para outros setores. Saio daqui bastante motivado a dar continuidade ao meu trabalho e a ser um porta-voz desse importante segmento do setor de biocombustíveis”, avaliou. 

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