Paranaense Catálise lança FIDC para investidores pessoa física

A gestora independente de fundos estruturados Catálise está lançando Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) dedicados a pessoas físicas. A iniciativa foi viabilizada pela Resolução CVM 175, de 2023, que ampliou o acesso desse tipo de investimento ao público de varejo, oferecendo novas oportunidades de rentabilidade e diversificação. Fundada em 2015 por Bruno Lage e Marcelo Aoki, a Catálise tem o executivo André Fauth como CEO e sócio. Com sede em Curitiba e atuação em mais de 10 estados, a empresa tem apresentado um crescimento acelerado, alcançando R$ 8 bilhões em fundos sob gestão e mais de 120 fundos ativos. Recentemente, lançou sua própria Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), com 57 fundos e uma carteira de R$ 4,5 bilhões em ativos.

O novo produto da Catálise é uma alternativa atraente para quem busca retornos superiores ao da renda fixa tradicional, como CDBs e Tesouro Direto. "Os FIDCs oferecem retornos mais elevados, refletindo o risco associado aos créditos investidos, mas com a vantagem de diversificar os ativos em diferentes setores, como crédito estudantil, imobiliário e precatórios, o que ajuda a equilibrar o portfólio do investidor", explica Bruno Lage, sócio-fundador da Catálise. Ele lembra que, tradicionalmente, esses fundos eram voltados apenas a grandes investidores. Entre as novidades estão os fundos Libra e Catálise, criados para o público de varejo com aplicação mínima de R$ 500. "A possibilidade de investimento para pessoas físicas democratiza o acesso ao crédito no Brasil, um dos pilares da Catálise", reforça Lage, destacando que esses fundos já têm mais de R$ 200 milhões em patrimônio sob gestão.

FIDCs X rentabilidade

O FIDC é um tipo de fundo de renda fixa que investe em direitos creditórios, ou seja, dívidas a receber de empresas ou pessoas, como duplicatas, notas promissórias e recebíveis de cartões de crédito. Ele atua como um veículo de securitização, permitindo que empresas obtenham liquidez ao transformar seus créditos em ativos negociáveis, enquanto oferece aos investidores uma forma de diversificação com retornos potencialmente superiores aos de outros produtos de renda fixa. Com rentabilidade média histórica de 134% do CDI e um prazo de resgate de 45 dias, esses fundos se tornaram uma opção mais acessível e interessante para investidores pessoa física que desejam ampliar sua exposição no mercado de crédito.

O setor de FIDCs vive um momento de crescimento. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de FIDCs somaram R$ 48,3 bilhões até setembro, um aumento de 16,3% em relação ao ano anterior. Esses fundos representam cerca de 31,6% das operações de securitização no mercado de capitais, consolidando seu papel como instrumento de financiamento para diversos setores da economia.