Investimentos no Tesouro Direto somam R$ 3,5 bilhões em julho

Os investidores têm preferido papéis de médio prazo
Vendas superam resgates em R$ 982,8 milhões

As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 982,8 milhões em julho deste ano. Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional, as vendas de títulos atingiram R$ 3,5 bilhões. O volume para o mês só foi menor do que o valor investido em julho de 2022, que chegou a R$ 4 bilhões. Também houve queda em relação ao mês anterior, junho, quando as vendas atingiram R$ 3,8 bilhões. O recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março deste ano, quando as vendas somaram R$ 6,8 bilhões. Os resgates totalizaram R$ 2,5 bilhões. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 120 bilhões no fim de julho, com aumento de 1,5% na comparação com o mês anterior (R$ 118,2 bilhões) e de 24,4% em relação a julho do ano passado (R$ 96,4 bilhões).

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic, taxa básica de juros, que corresponderam a 65,6% do total. O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da taxa Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) começou a elevar a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano. No início deste mês, o BC iniciou o ciclo de redução da Selic, mas, mesmo com a expectativa de queda dos juros básicos neste semestre, os investidores continuam a comprar esses títulos. Já os papéis vinculados à inflação tiveram participação de 22,2% nas vendas. Os investidores têm preferido papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de um a cinco anos representaram 37,2% e aquelas com prazo de cinco a dez anos, 47,3% do total.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Com Agência Brasil

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