Dólar abre semana em alta e fecha a R$ 4,10
A trégua nas constantes altas do dólar durou pouco. Nesta segunda-feira(28) a moeda voltou a disparar, refletindo a cautela dos investidores em umasemana na qual estão previstos eventos cruciais para o sucesso do reajustefiscal no país, como a reforma ministerial e a continuação da votação dos vetosàs pautas-bomba pelo Congresso. Assim, o dólar encerrou o dia a R$ 4,1085, crescimento de 3,39%.
No fim do pregão, o dólar ampliou a alta após o diretor-geralda Fitch Ratings no Brasil, Rafael Guedes, declarar que o Orçamento enviado com déficit coloca pressão sobre o rating brasileiro e de que o corte pode vir a qualquer momento.
A nova valorização, no entanto, não foi somente provocadapelo ambiente de incertezas do cenário doméstico. No exterior, o resultadofraco da atividade industrial na China e as declarações do presidente do Fed deNova York, William Dudley, de que é provável que ocorra um aumento da taxa dejuros dos EUA ainda este ano fizeram com que os investidores evitassem negóciosde maior risco e a divisa se valorizasse frente a maioria das moedasemergentes.
Nesta segunda, houve apenas um leilão de rolagem de swapscambiais por parte do Banco Central. A entidade não anunciou nenhuma novamedida específica para o controle do câmbio, mas revelou que irá fazer leilãoextraordinário de Letras Financeiras do Tesouro (LFT).
O cenário internacional e as declarações do diretor da FitchRatings no Brasil também tiveram efeitos na bolsa de valores. O Ibovesparegistrou o sétimo dia seguido de queda e atingiu seu menor fechamento desde 7de abril de 2009. O principal índice brasileiro fechou a segunda-feira com umtropeço de -1,89% com 43.984,11 pontos.
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