Sul tem a maior área agropecuária do país

O Sul é a menor das cinco regiões do país, com área territorial de 576.774 km², mas é também o território que concentra o maior número de propriedades agropecuárias do Brasil.  Enquanto a média nacional é de 41% da área total, o que representa 351,28...
Sul tem a maior área agropecuária do país

O Sul é a menor das cinco regiões do país, com área territorial de 576.774 km², mas é também o território que concentra o maior número de propriedades agropecuárias do Brasil.  Enquanto a média nacional é de 41% da área total, o que representa 351,289 milhões de hectares, no Sul essa taxa sobe para 75% – equivalente a 57.640.956 hectares. É o que mostram os dados do Censo Agropecuário 2017 divulgados nesta sexta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Quando se olha para o cenário brasileiro, houve aumento de 5,8% na área ocupada nacionalmente, apesar da redução de 102.312 unidades rurais, em relação ao levantamento anterior, feito em 2006. 

O estudo também mostra um total de terras indígenas que somam 117,639 milhões de hectares e unidades de conservação espalhadas por 151,895 milhões de hectares. No Sul, 5% da área é destina para unidades de conservação, enquanto 1% da ocupação do território é de reservas indígenas. 

Tipos de propriedades

Das lavouras brasileiras, a categoria com mais de mil hectares tem 51.203 estabelecimentos, que ocupam 167,227 milhões de hectares. As propriedades pequenas, com até 10 hectares, são 2.543.681, em 7,993 milhões de hectares. Foram identificados 77.037 estabelecimentos agropecuários sem área, ou seja, produtores que trabalham, por exemplo, com extrativismo e apicultura. 

Os produtores que são proprietários das terras subiram de 76% em 2006 para 81% em 2017. As terras arrendadas são a segunda maior proporção, com um total de 6,3% das propriedades, embora a participação em hectares dessa modalidade tenha subido de 4,5% para 8,6% do total em área.

Quanto à utilização da terra, houve diminuição de 34% na área de lavouras permanentes, ficando em 7,755 milhões de hectares, e de 18% nas pastagens naturais, que somam 47,323 milhões de hectares. Por outro lado, as áreas dedicadas a lavouras temporárias cresceram 14%, as de pastagens plantadas subiram 10%, as matas naturais dentro de estabelecimentos agrícolas aumentaram 12% e as matas plantadas ocupam uma área 83% maior que em 2006.

Para Antônio Florido, gerente do censo, o aumento da área com mata natural decorre da aprovação, em 2012, do Código Florestal. “Todo estabelecimento agropecuário, dentro do Código Florestal, tem que manter um percentual de matas naturais, de acordo com a região. É natural que você aumente o estabelecimento, aumente a área total e aumente a área de mata, porque esta área de mata não estava sendo contada como pertencente a estabelecimento agropecuário”, explica.

Agricultura familiar

Do total de estabelecimentos agropecuários do país, 77% (3.897.408) foram classificados como de agricultura familiar, sendo responsáveis por 23% do valor da produção e ocupando uma área de 80,89 milhões de hectares, ou seja, 23% da área total. Em 2017, a agricultura familiar ocupava 10,1 milhões de pessoas, 67% do total de trabalhadores nas propriedades. Em 2006, a agricultura familiar respondia por 84,4% dos estabelecimentos agropecuário.

A pesquisa fez uma fotografia do campo brasileiro no dia 30 de setembro de 2017, com dados relativos ao período entre 1º de outubro de 2016 e a data base. O primeiro Censo Agropecuário do país foi feito em 1920 e ocorre em intervalos mais ou menos decenais desde 1940, com exceção do período entre 1970 e 1985, quando foi feito a cada 5 anos.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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