Frísia inicia atuação com bovinocultura de corte
Quando o conselho de administração da Frísia aprovou em julho deste ano a atividade de bovinocultura de corte, abriu-se uma promissora possibilidade dos cooperados otimizarem suas áreas, aumentarem a rentabilidade e continuarem sendo sustentáveis, um dos valores da cooperativa. No Paraná, a cooperativa de Carambeí irá trabalhar das duas formas: pecuária de corte tradicional e engorda de machos da raça holandesa.
Tradicionalmente, os machos holandeses são comercializados com baixo valor agregado ou até mesmo doados. Mas o holandês é um animal que, dependendo do sistema de produção, é capaz de produzir cortes cárneos de alta qualidade, destaca o zootecnista. O animal com 18 meses já tem 20 arrobas de peso e bom índice de marmoreio (gordura intramuscular da carne). O gado seria criado de forma intensiva e sendo totalmente confinado.
Felipe da Costa Maciel, especialista em zootecnia em bovinos de corte da Frísia, destaca que a raça holandesa tem algumas peculiaridades para o corte, já que não foi desenvolvida para esse segmento. "Dentro de uma fazenda leiteira, o animal de interesse é a fêmea, e o macho é um coproduto. Mas temos modelos de engorda, principalmente no México e nos Estados Unidos, onde 25% a 30% da carne premium do mercado vem de bovinos holandeses. Na Califórnia, esse número chega a 70%. O estado tem um polo de produção de bovinos de leite muito grande e fazendas especializadas nesse animal".
O trabalho da Frísia será na assistência técnica, com auxílio ao cooperado para o planejamento nutricional, formação de lote, alimentação, entre outras ações. A cooperativa também realizará a cotação dos valores junto aos frigoríficos para o melhor momento de venda. "A decisão final de comercialização é do cooperado", conclui Maciel.
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