Apesar da pandemia, cooperativas catarinenses têm surpreendente crescimento em 2020
Com receita operacional bruta de R$ 49,8 bilhões, as cooperativas de todos os ramos deram importante contribuição ao desenvolvimento catarinense em 2020. O crescimento foi da ordem de 23,3% – o maior das últimas décadas – e o agronegócio foi mais uma vez a locomotiva na geração de empregos, renda e na produção de riquezas. Refletindo o excelente desempenho do período, as cooperativas contabilizaram sobras (lucros) no montante de R$ 4,4 bilhões em 2020, valor 92% superior ao obtido no exercício anterior. A avaliação é da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e foi anunciada pelo presidente Luiz Vicente Suzin. O levantamento abrangeu as 251 cooperativas registradas na entidade.
Um dos dados mais relevantes do estudo é a expansão do número de cooperados que avançou 11,6% no ano passado com o ingresso de mais 313.023 pessoas. No conjunto, as cooperativas reúnem agora mais de 3 milhões de catarinenses. Isso significa que mais da metade da população barriga-verde está vinculada ao sistema. As que mais atraíram associados foram as cooperativas de crédito que têm atualmente 2,2 milhões de cooperados, as de infraestrutura que atuam em distribuição de energia elétrica (383 mil pessoas), as de consumo (320 mil) e as agropecuárias (73,5 mil).
As cooperativas também contrataram 8,2% mais em 2020 e criaram 5.546 novos postos de trabalho. Juntas, elas mantêm 73.332 empregados diretos. O protagonismo do setor primário ancorou o expressivo desempenho: as 46 cooperativas agropecuárias responderam por 69,2% das receitas totais do sistema cooperativista catarinense e cresceram 34% no ano passado. Faturaram R$ 34,4 bilhões e contrataram 4.950 novos trabalhadores. Esse resultado foi impulsionado pelas exportações de carnes e grãos, com extraordinário crescimento em receitas e em volumes. As fortes compras chineses de proteínas animal e vegetal no mercado mundial catapultaram as vendas das cooperativas, potencializadas, ainda, pela situação cambial: o dólar valorizado frente ao real ampliou os ganhos pelo câmbio e valorizou ainda mais os produtos de exportação. A China, sozinha, ficou com cerca de 40% das exportações.
"Em um ano em que a pandemia assolou quase todos os setores e a economia brasileira andou em marcha lenta, as cooperativas catarinenses cresceram porque adaptaram suas atividades e seus processos produtivos aos desafios impostos pela crise econômica", observa Suzin.
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