Klabin tem prejuízo de R$ 383 milhões no segundo trimestre
A Klabin faturou R$ 5,5 bilhões no primeiro semestre, valor 9% maior do que igual período de 2019. O prejuízo acumulado no ano já soma R$ 3,5 bilhões, muito em razão do resultado negativo do primeiro trimestre (prejuízo de R$ 3,1 bilhões). No segundo trimestre a receita líquida de vendas foi de R$ 2,9 bilhões, valor 14% maior que o mesmo período do ano passado. O prejuízo, entre abril e junho, foi de R$ 383 milhões (veja todos os principais indicadores ao final desta reportagem).
A empresa atingiu volume de vendas de 858 mil toneladas no segundo trimestre, aumento de 5% em relação ao segundo trimestre de 2019. "Merece destaque a elevação de 7% no volume de vendas de papéis – cartões e kraftliner –, exemplos de mercados nos quais a Klabin consegue lançar mão de sua flexibilidade operacional visando melhores retornos, além de serem altamente expostos ao setor alimentício", revela a companhia em seu relatório.
Além do aumento no volume de vendas totais entre abril e junho, a receita líquida foi impactada positivamente pela desvalorização do real no período, principalmente na unidade de celulose, cuja receita é totalmente atrelada ao dólar, o que vêm mais do que compensando a forte queda dos preços no mercado internacional. Segundo a Klabin, outro destaque foram as vendas de cartões, que tiveram crescimento de 31% na receita de vendas em relação ao segundo trimestre de 2019, impulsionada especialmente pelo mercado externo.
Ao longo do segundo trimestre a Klabin investiu R$ 998 milhões em suas operações e em projetos de expansão. Do montante total, R$ 47 milhões foram destinados às operações florestais e R$ 39 milhões investidos na continuidade operacional das fábricas. Com relação ao projeto Puma II, em Ortigueira (PR), até o momento foram desembolsados R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 908 milhões referem-se ao segundo trimestre. Atualmente, a primeira máquina de papéis para embalagens do projeto conta com 45% do cronograma das obras já executado.
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